Não é novidade que o ensino público brasileiro está cada vez mais sucateado. De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o investimento em educação no Brasil é baixo e ineficiente, e a tendência é que esse sucateamento siga crescendo e prejudicando a qualidade de aprendizagem dos estudantes brasileiros, conferindo vantagem significativa no desempenho acadêmico dos alunos com acesso ao ensino privado.
É comum perceber longos períodos em que os alunos ficam em recesso devido a greves, falta de alimentação, situações de infraestrutura precária e falta de funcionários dentro nas escolas públicas. Os fundos para pesquisa são cortados, atrasam os repasses para bolsas e muitas vezes os estudantes são prejudicados pela falta de recursos básicos e infraestrutura. O Estado não consegue suprir as necessidades dos estudantes, culminando em evasão escolar, desinteresse e falta de perspectiva futura.
A escassez de recursos influencia diretamente no rendimento acadêmico, na vontade de aprender e produzir, e de compor o ambiente da faculdade. De acordo com dados do MEC, 97 das 100 melhores notas no ENEM 2015 foram de escolas privadas. Isso se explica pelo fato de que com um ambiente adequado, fica mais fácil focar em ensinar e aprender – além disso, os currículos públicos são genéricos e raramente são executados da maneira correta.
Nas faculdades privadas, o currículo é personalizado de acordo com as necessidades dos estudantes e voltadas para a inserção no mercado de trabalho, visando não só o bom rendimento acadêmico como também aliar a teoria com a prática – adequando-se à realidade do estudante e atendendo às suas necessidades e expectativas imediatas. Há também uma maior dedicação e comprometimento da gestão devido à maior aproximação e compreensão da realidade e expectativa dos estudantes e o que eles necessitam para se desenvolverem acadêmica e socialmente.